Esta é a imagem que iniciou tudo isto para mim.

Vi-a pela primeira vez há cerca de 5 ou 6 anos atrás, num evento do Dia Internacional da Mulher. Ainda me lembro que nesse ano a discussão girou em torno da necessidade (ou não) de medidas públicas, como quotas, para “forçar” mais equidade de género no local de trabalho.

Curiosamente, este ano o mesmo tema ainda surgiu na mesma conferência, no mesmo local.

Mas olhando para este quadro, apercebi-me… não é no local de trabalho que precisamos de mais equidade de género! É em casa! A mulher na fotografia não está a ficar para trás na carreira devido à discriminação no local de trabalho, ou à falta de políticas públicas, ou à necessidade de quotas.

Ela está a ficar para trás porque está a carregar sozinha a carga de trabalho doméstica. A mulher na fotografia está a fazer dois trabalhos a tempo inteiro, enquanto o homem na fotografia parece estar a fazer apenas um trabalho a tempo inteiro. E enquanto for esse o caso… é natural que a progressão de carreira seja mais fácil para a pessoa com apenas um trabalho a tempo inteiro.

Acredito que ambos os géneros merecem uma oportunidade justa de uma carreira ambiciosa, gratificante e enriquecedora. E acredito ainda com mais convicção que ambos os sexos merecem uma oportunidade justa de uma experiência parental plena, intencional, e gratificante.

Todos temos a ganhar como indivíduos, empresas e sociedade que todos, independentemente do género, tenhamos uma vida completa, em que possamos desempenhar todos os papéis que estão à nossa disposição e em que nos possamos libertar das crenças limitantes sobre que papéis “pertencem” a cada género.

Sente um desequilíbrio na sua vida? Junte-se à conversa!