A síndrome do impostor alimenta-se de um discurso interno negativo.
O primeiro passo para a combater é desenvolver a consciência dos nossos pensamentos, para podermos identificar os pensamentos negativos e a forma como influenciam as nossas emoções e comportamentos.
As nossas emoções, pensamentos e comportamentos estão intrinsecamente ligados e influenciam-se mutuamente.
Use a Ficha de Trabalho Consciência dos Pensamentos Negativos para começar a desenvolver essa consciência.
Situação: Identifique uma situação que lhe cause emoções negativas, ou que funcione como gatilho para a síndrome do impostor: O que aconteceu? Quando? Onde? Como? Com quem?
Emoção: Pare para observar as emoções e as sensações no seu corpo (sente os ombros tensos? suores frios? as mãos a tremer?). Qual a intensidade dessa emoção?
Identifique o pensamento automático negativo: o que é que pensou nessa situação? O que é que estes pensamentos dizem sobre si? Que situação é que esses pensamentos evocam? O que é o pior que pode acontecer?
Factos que suportam o pensamento automático negativo: Quais são os factos? Que factos objectivos existem de que os pensamentos negativos são verdadeiros?
Factos que fornecem provas contra o pensamento automático negativo: Que factos objectivos existem de que os pensamentos negativos não são totalmente verdadeiros? Será possível que os pensamentos negativos sejam opinião, e não factos? É possível que existam alternativas a estes pensamentos?
Perspectiva nova, alternativa, mais equilibrada: Com base nas evidências, existem pensamentos ou perspectivas alternativas sobre esta situação? O que poderá alguém externo dizer sobre esta situação? Existe um quadro maior, ou uma perspectiva mais equilibrada?
Resultado: Com os novos pensamentos ou perspectivas em mente, o que está a sentir agora? Qual a intensidade desses sentimentos? O que está a sentir agora no seu corpo? Qual a intensidade dessas sensações? Como pode lidar mais eficazmente com esta situação da próxima vez?
Repita este exercício várias vezes, até que o questionamento dos pensamentos automáticos e a observação das emoções se torne um hábito. Sem este trabalho de auto-conhecimento não é possível iniciar o processo de mudança.
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