A nossa sociedade bombardeia-nos de mensagens negativas. Praticamente toda a publicidade e artigos de opinião nas revistas e na televisão nos querem fazer crer que não somos suficientemente magros, ou ricos, ou bem sucessidos ou populares. Isto leva muitas vezes a problemas como a falta de auto-estima ou o excesso de consumo e consequente sobre-endividamento.

Mas o mais grave é quando interiorizamos estas mensagens, e elas passam a vir de dentro da nossa cabeça, passamos a dizer a nós mesmos, e a acreditar, que o que somos e fazemos não é suficientemente bom.

Tal como um atleta que se torna o melhor do mundo praticando o seu desporto todos os dias, todos nós somos o que fazemos repetidas vezes, o que praticamos ser. É o que fazemos repetidamente que nos forma ou nos deforma. Se o nosso discurso interior em relação a nós mesmos for negativo, se nos dizemos todos os dias “de qualquer maneira nunca vou conseguir”, “é areia a mais para a minha camioneta”, “quem nasce para 5 nunca chega a 10”, acabamos por acreditar. E aquilo em que acreditamos limita ou liberta aquilo que praticamos.

Como inverter este ciclo?

O primeiro passo, como em quase tudo na vida, é ter plena consciência do que estamos a fazer. Ao ouvir com atenção o nosso discurso interior, o que dizemos a nós mesmos, o tom e as palavras que usamos, parar e pensar: eu falaria assim com alguém de quem gostasse muito? Se estivesse a falar com uma das pessoas mais importantes da minha vida (amigos, família,…), como é que eu falaria? Que palavras usava? Diria “é sempre a mesma coisa, nunca faço nada de jeito”? Ou diria “foi um acidente, o importante é aprender e fazer melhor para a próxima. Tu consegues!”

Comece já hoje a prestar atenção ao que pensa e às palavras que usa para falar consigo.